A princípio, frequentaram a igreja Batista, denominação que ambos
pertenciam nos Estados Unidos. Os missionários traziam os ensinamentos e as
doutrinas do batismo Espirito Santo, com a glossolalia - O falar em línguas
espirituais (Línguas estranhas) como a evidência de manifestações
que já vinham ocorrendo em reuniões nos Estados Unidos e também de forma
isolada em outros países, principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles
Fox Parham, mas teve o seu apogeu através de um dos seus principais
discípulos, um pastor Leigo negro, chamado William Joseph Seymour,
na rua Azusa, em Los Angeles, em 1906.
A nova doutrina trouxe divergências, enquanto um grupo
aderiu, outro rejeitou, assim, em duas assembléias distintas, conforme
relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados, e,
em 18 de Junho de 1911, juntamente com os missionários
estrangeiros, fundaram uma nova igreja, e adotaram o nome de Missão de
Fé Apostólica, que já era empregado pelo ministério de Los Angeles, mas sem
qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A
partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina Albuquerque.
Mais tarde em 18 de Janeiro de 1918, a nova igreja, por sugestão de Gunnar
Vingrer, passou a chamar-se Assembléia de Deus, em virtude das
Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas,
mas, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas.
A Assembléia de Deus no Brasil, expandiu-se pelo estado do Pará,
alcançando o Amazonas, e propagou-se para o Nordeste,
principalmente sobre as camadas mais pobres da população. Chegou ao Sudeste pelos
idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se
portavam como instrumentos voluntários afim de propagar a nova denominação onde
quer que chegassem.
Nesse mesmo ano de 1922, a igreja teve início na cidade do Rio
de Janeiro, no bairro de São Cristovão, e ganhou impulso com a
transferência de Gunnar Vingrer, de Belém em 1924, para
a então Capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele
período, foi a conversão através de um folheto evangelístico de Paulo
Leivas Macalão, filho de um General e precursor do Ministério
de Madureira.
A influência sueca, teve forte peso na formação assembleiana no
brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e porque à igreja
pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de
Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes, o sustento de Gunnar
Vingrer e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar
suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova igreja. Desde
1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a
Assembléia de Deus passou ater autonomia interna, sendo administrada exclusivamente
pelos pastores residentes no Brasil, sem, contudo perder os vínculos fraternais
com a igreja na Suécia. A partir de 1936, a igreja passou a ter maior
colaboração das Assembléias de Deus nos Estados Unidos através
dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta
com a estruturação teológica da denominação.
As Assembléias de Deus brasileiras, estão organizadas de forma episcopal
não-territorial, onde cada ministério é constituído pela igreja sede com suas
respectivas filiadas, congregações e pontos de pregações (Sub-congregações). O
sistema de administração, é um misto entre o sistema episcopal e o sistema
congregacional, onde os assuntos são previamente tratados pelo ministério
(Convenção local), com forte influência da liderança pastoral, e depois são
levados às assembléias para serem referendados apenas. Os pastores das
Assembléias de Deus devem estar ligados à convenções estaduais, e estas se
vinculam a uma convenção de âmbito nacional.
As Assembléias de Deus, iniciaram cedo o seu trabalho missionário, em 1913,
enviou um evangelista a Portugal. Desde a década de 1990,
os diversos ministérios expandiram em áreas cada vez mais distantes de suas
igrejas mães, plantando igrejas em comunidades imigrantes brasileiras nos Estados
Unidos, Europa, Japão, América Latina ou
em novas iniciativas missionárias na África e Ásia.
Desde a década de 1980, por razões administrativas, as
Assembléias de Deus brasileira, tem passado por algumas cisões que deram origem
a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em
várias regiões do país. O mais expressivo dos ministérios é o ministério de Madureira,
cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo
pastor Paulo Leivas Macalão, e que em 1958, serviu de
base para a estruturação nacional do ministério por ele
presidido, até a sua morte o final de 1982.
Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembléias de
Deus autônomas e independentes, no Brasil, segundo o censo de 2010, de
todos os grupos, haviam mais de 12,3 milhões de aderentes.
As maiores convenções são: Convenção Geral das Assembléias de
Deus no Brasil (CGADB) possui sede no estado do Rio de Janeiro,
esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o
princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB hoje conta com centenas de
pastores e missionários espalhados pelo mundo. É afiliada à Associação
Mundial das Assembléias de Deus. E a Convenção Nacional das
Assembléias de Deus no Brasil (CONAMAD) - Ministério de
Madureira - Possui sede no estado do Rio de Janeiro, fruto do Ministério do
pastor Paulo Leivas Macalão. Que se desligou da CGADB na década de
1980.
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