terça-feira, 11 de setembro de 2018

PREDESTINAÇÃO: OS ERROS DA DOUTRINA DO CALVINISMO


A doutrina calvinista se funda na crença que alguns homens e anjos são predestinados por Deus para a vida eterna, enquanto os demais estão condenados à morte eterna. Não se pode aumentar e nem diminuir este número de salvos e perdidos. Para os eleitos não há qualquer exigência de fé, boas obras ou de perseverança, nem condição alguma para alcançar a graça divina.

Diante disto, não resta outra coisa para este blog a não ser refutar tal doutrina que, mesmo que muitas Igrejas não se dizem calvinista, acabam por aderir muito de seus ensinos.
Há muitos textos na palavra que dizem que mesmo alguém que alcançou a salvação, pode perde-la por causa da infidelidade: “Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3:11). Da mesma forma textos como os de 2 Pedro 2:20-22 e Hebreus 6:4-7 somam-se a isto.

Os calvinistas dizem que Cristo adquiriu a salvação apenas para alguns, mas vemos em textos como os de Hebreus 2:9 e Ezequiel 18:23, 32 e 33:11 nos mostrando que o sacrifico de Jesus foi para toda humanidade, assim tanto os que se salvam como os que perecem, tais consequências se dão por própria escolha.

A doutrina da predestinação defende que os acontecimentos futuros, até mesmo as ações pecaminosas das pessoas são decretados por Deus. Este argumento não somente peca contra os ensinos das Escrituras como ofende os princípios da filosofia. Ora, se Deus decretasse que os seres humanos praticassem ações pecaminosas, Ele seria o autor do pecado.

Este sistema como se vê, destrói toda a distinção de justiça e injustiça, ao tornar Deus injusto. A bíblia nos mostra claramente que o caminho, bem como seu resultado depende do homem. Deuteronômio 30:19 diz: “Tenho posto a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente – Na verdade Deus quer que todos se salvem, mas isto não depende Dele, o que Ele fez foi abrir o caminho, entrar nele depende de mim e de você.

A doutrina calvinista usa alguns textos para sustentar esta crença, mas de modo errado, eles dão interpretações completamente fora do contexto.
Jacó e Esaú: o texto de Romanos 9:11-14, onde mostra a escolha de Deus por Jacó e não Esaú, não está relacionada com vida ou morte eterna do indivíduo como eles dizem, e sim relacionada com a posterioridade de Jacó (Gênesis 25:23). Fala-se de nações, e não salvação individual.

Faraó: a leitura de Romanos 9:17-24 nos mostra um endurecimento à Faraó por parte de Deus. Os calvinistas sustentam que o faraó aqui é um exemplo de eterna reprovação, alguém criado com o expresso propósito de mostrar que Deus pode condenar quem quiser ao castigo eterno.

Tal entendimento está completamente equivocado. A questão aqui não é a destruição eterna de faraó, mas o livramento do povo de Israel. O propósito de Deus éem ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda terra, não provar que o monarca estava condenado.

Faraó se mostrou arrogante contra ao Senhor, por este motivo, Deus determinou mostrar o Seu poder na vida de faraó.

Assim podemos dizer que, Deus endurece o coração de alguém quando este lhe dispensa misericórdia e a pessoa resiste. A consequência natural é que ela se tornará ainda mais endurecida que antes (Romanos 2:4-5).

Para concluir o artigo, digo que ainda mais coisas que poderia refutar aqui, vamos porém ficar com estas, pois creio que só com isto dá para perceber que a doutrina calvinista é muito falha e não pode servir de base para ninguém que segue as Escrituras Sagradas.

Que Deus vos abençoe e cresçam na esperança da salvação.

OS ARMINIANOS ACREDITAM NA TRINDADE?


"Os arminianos acreditam na Trindade, na divindade e humanidade de Jesus Cristo, na depravação da humanidade em virtude da queda primeva, na salvação pela graça somente através da fé, e em todas as outras crenças protestantes imprescindíveis [...]
A remonstrância foi preparada por aproximadamente 43 (o número exato é debatido) pastores e teólogos reformados holandeses após a morte de Armínio, em 1609. O documento foi apresentado em 1610 para uma conferência de líderes da igreja e do estado em Gouda, Holanda, para explicar a doutrina arminiana. Seu foco principal está nas questões de salvação e, em especial, predestinação. Existem várias versões da Remonstância (da qual os remostrantes receberam o seu nome). Faremos uso de uma tradução para o inglês feita a partir do original latim apresentada em forma um tanto condensada pelo especialista inglês em arminianismo A. W. Harrison:

1. Que Deus, por decreto eterno e imutável em Cristo antes que o mundo existisse, determinou eleger, dentre a raça caída e pecadora, para a vida eterna, aqueles que, através de Sua graça, creem em Jesus Cristo e perseveram na fé e obediência; e que, opostamente, resolveu rejeitar os inconversos e os descrentes para a condenação eterna (Jo 3.36)

2. Que, em decorrência disto, Cristo, o Salvador do mundo, morreu por todos e cada um dos homens, de modo que Ele obteve, pela morte na cruz, reconciliação e perdão pelo pecado para todos os homens, de tal maneira, porém, que ninguém se não os fiéis, de fato, desfrutam destas bençãos (Jo 3.16; 1Jo 2.2)

3. Que o homem não podia obter a fé salvifíca de si mesmo ou pela força de seu próprio livre-arbítrio, mas se encontrava destituído da graça de Deus, através de Cristo, para ser renovado no pensamento e na vontade (Jo 15.5).

4. Que a graça foi a causa do ínicio, desenvolvimento e conclusão da salvação do homem; de forma que ninguém poderia crer nem perseverar na fé sem esta graça cooperante, e consequentemente todas as boas obras devem ser atribuídas à graça de Deus em Cristo. Todavia, quanto ao modus operandi desta graça, não é irresistível (At 7.51).

5. Que os verdadeiros cristãos tinham força suficiente, através da graça divina, para enfrentar Satanás, o pecado, o mundo, sua própria carne, e a todos vencê-los; mas que se por negligência eles pudessem se apostatar da verdadeira fé, perder a felicidade de uma boa consciência e deixar de ter essa graça, tal assunto deveria ser mais profundamente investigado de acordo com as Sagradas Escrituras.

Observe que os remostrantes, assim como Armínio antes deles, não se posicionaram em relação à questão da segurança eterna dos santos. Ou seja, eles deixaram em aberto a questão se uma pessoa verdadeiramente salva poderia ou não cair da graça.

Teologia Arminiana- Mitos e Realidades. Pgs 40-41