INTRODUÇÃO
Levítico 15:25-27
# Quando uma mulher tiver fluxo de sangue por
muitos dias fora do tempo da sua menstruação, ou quando o fluxo se prolongar
além do costume, ficará imunda enquanto durar o fluxo, como no dia da sua
menstruação.
# Toda cama em que se deitar todos os dias do seu
fluxo, ser-lhe-á como a cama da sua menstruação, e toda coisa sobre que se
assentar será imunda, conforme a imundícia da sua menstruação.
# Quem a tocar ficará imundo, portanto lavará as
suas vestes, se lavará com água, e será imundo até à tarde.
Nestes versículos, sem dúvida também
estavam incluídos aqueles fluxos de sangue que nada tem haver com a
menstruação, sendo condições patológicas do útero, como tumores benignos e
malignos, causados pelas emissões.
Em casos crônicos, a mulher simplesmente, permanecia
imunda, enquanto persistisse o fluxo, e todas as condições impostas à mulher
que tinha menstruação normal eram-lhe impostas. Ela ficava permanentemente
imunda se suas condições fossem permanentes.
No versículo 24, a Bíblia especifica a
probabilidade de um homem ter relações com uma mulher e ela entrar no período
menstrual durante a relação sexual. Durante a menstruação, a mulher era
protegida contra a atividade sexual, não era exigido dela nenhuma oferta por
causa da impureza contraída por um homem dessa maneira (no ato sexual), mas o
homem que se deitasse com ela ficaria sete dias considerado como impuro.
O fluxo anormal, possivelmente
provocado por doença, era tratado como enfermidade e exigia uma oferta quando a
mulher sarava (vs. 28-30).
1. A mulher com fluxo de sangue (Marcos 5:25-24)
E
certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e
que havia padecido
muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo
falar de Jesus, veio por de trás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta;
porque
dizia: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei.
E
logo se lhe secou a fonte do seu sangue; e sentiu no seu corpo estar já curada
daquele mal.
E
logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para a
multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes?
E
disseram-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te aperta, e dizes: Quem me
tocou?
E
ele olhava em redor, para ver a que isto fizera.
Então,
a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo,
aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade.
E
ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal.
Convém-nos considerar primeiro a história da
mulher enferma, aquela mulher tinha uma doença aparentemente incurável, que lhe causava hemorragias constantes. Poderia
ser um problema de origem hormonal ou uterina, que a tornava ritualmente impura
(Lv 15:25-27) e excluída da maioria dos
contatos sociais.
Sua condição a tornou cerimonialmente imunda, e todos quanto tocassem tornar-se-iam imundos também.
Sua condição a tornou cerimonialmente imunda, e todos quanto tocassem tornar-se-iam imundos também.
Ela queria desesperadamente que Jesus
a curasse, mas sabia que o seu fluxo de sangue, de acordo com as leis judaicas,
tornaria Jesus impuro, caso ela o tocasse.
Esta é a provável razão porque ela se aproximou de
Jesus por trás, para não ser vista. No instante em que a mulher tocou na orla
do vestido de Cristo, ela foi curada, mas Ele não permitiu que ela fugisse sem
dar maior esclarecimento do incidente.
2.Quem me tocou?
Jesus não se aborreceu porque aquela
mulher tocou em suas vestes. Ele sabia quem o havia tocado, mas parou e fez
esta pergunta a fim de ensinar à mulher algo sobre a fé.
Ele queria anima-la a dar uma franca
confissão.
Curiosidade: a mulher do fluxo de sangue era
chamada de “Berenice” no capítulo sétimo dos manuscritos gregos de atos de
Pilatos, e é chamada “Verônica” nas versões latinas.